A última estação da vida é
cinza, sombria e fria como
a última estação do ano.
Enfim, o inverno.
Um tempo dúbio,
necessariamente estável,
naturalmente fugaz.
Sombrio, torna-se ardente,
de repente.
Austero, comove com lembranças
de particularidades perdidas
num passado morto.
Célere rumo ao futuro amedronta
e conforta com a realidade do presente:
as turbulências de momentos singulares
e a fragilidade que se faz força,
necessariamente.
É um tempo inevitável,
irremediavelmente dúbio,
amável e violento,
de coragem e medo,
de frio, calmaria e vento.